All things

quarta-feira, outubro 05, 2005

Resumo oficial dos filmes e opinião

Rabbit on the Moon (Conejo en la luna)
de Jorge Ramínez-Suárez. Com Bruno Bichir, Larraine Pilkington, Jesús Ochoa, Adam Kotz. México/Reino Unido, 2004, 112 min.
Julie é uma jovem inglesa que mora com seu marido, Antônio, na Cidade do México. Eles levam uma vida idílica na companhia de sua filha recém-nascida, mas estão prestes a levar um grande golpe. Quando Antonio é falsamente acusado de assassinar um político local, Julie e sua filha se vêem subitamente envolvidas numa trama de crime e corrupção. Ela tenta buscar refúgio na embaixada britânica, mas é seqüestrada por oficiais do governo mexicano.

Muito maneiro! Fala de um outro mundo que acontece nas cidades grandes mas que é sempre um segredo ou um tabu que não deve ser mencionado.No caso mostra a Cidade do México mas poderia ser qualquer outra...e o elenco, nota dez para todos!

Holy Lola (Holy Lola)
de Bertrand Tavernier. Com Jacques Gamblin, Isabelle Carré, Bruno Putzulu. França, 2004, 125 min.
Pierre e Geraldine são um jovem casal de franceses, juntos há 11 anos. Ambos decidem partir para o Camboja e adotar uma criança. A viagem é difícil, mas ao mesmo tempo lhes garante uma extraordinária aventura. Após dois meses de angustiante e infrutífera busca, por orfanatos e favelas, Pierre e Geraldine têm de confrontar seus medos e fraquezas antes de prosseguirem viagem. Esta jornada irá colocá-los em contato com as autoridades locais e despertá-los para a dura realidade do tráfico de crianças no Camboja, onde ocidentais estão sempre prontos para pedir, comprar, ou mesmo roubar um bebê.

Um casal que sonha em ter um bebê e não se preocupa exatamente em como será a criança. Ao contrário de muitos casais que querem adotar, não lhes interessa e não é fator primordial, que os bebês sejam loiros, de olhos verdes ou azuis ou recém-nascidos. Basta ser uma criança saúdavel e carente de amor. Emocionante.

Meu amor de Verão (My summer of love)
de Pawel Pawlikoski. Com Natalie Press, Emily Blunt, Paddy Considine. Reino Unido, 2004, 86min
Durante as férias de verão, a estabanada, insolente e espirituosa Mona conhece Tamsin, uma garota rica, mimada e encantadora. Rapidamente, as adolescentes desenvolvem uma amizade tão forte quanto inesperada, que logo evolui para uma relação mais íntima. E é nos verdes campos de Yorkshire, interior da Inglaterra, que elas trocam juras de amor eterno e descobrem juntas os prazeres do sexo. No entanto, a amizade pouco convencional das duas começa a incomodar algumas pessoas, principalmente o irmão mais velho de Mona, Phil, um ex-dono de pub que mudou de vida depois de se converter ao cristianismo. Ganhador do prêmio de melhor filme britânico no BAFTA 2005.

Duas adolescentes que não são muito bem-vistas no mundo ao seu redor. Um filme que em muitos dos seus diálogos e cenas ousadas incomodam e muito...amizade, alcoolismo, homossexualismo, traição, religião são temas abordados. Belíssima fotografia e um filme que dificilmente entrará em cartaz ou irá aparecer nas locadoras brasileiras. Mereceu sem dúvida alguma ganhar o BAFTA até porque é uma produção da BBC Films!!!!!! (Uêba!!!!!!!!!!!!)

Where the Truth Lies (Where the Truth Lies)
de Atom Egoyan. com Kevin Bacon, Colin Firth, Alison Lohman. Canadá/Reino Unido, 2005, 107 min.
Nos anos de 1970, uma jovem jornalista se dedica a escrever um livro sobre uma das mais famosas duplas de apresentadores da TV americana dos anos de 1950. Ao se envolver com ambos os entrevistados, ela acaba desvendando um grande mistério que liga o final da carreira dos dois a um crime mal explicado. Passado em parte nos anos de 1950 e em parte nos anos de 1970, o filme propõe um mergulho nos bastidores da indústria de entretenimento norte-americana. Baseado no livro de Rupert Holmes, participou da competição no Festival de Cannes de 2005.

De todos os filmes que vi até agora o mais trágico e realista. Dois apresentadores de televisão e amigos íntimos têm suas vidas arruinadas depois de um crime que não foi explicado corretamente. Polêmico por si só por mostrar os bastidores das épocas de 50 e 70, o mundo das drogas, das noitadas, do sexo sem qualquer tipo de segurança.

Nos EUA uma das cenas de sexo foi proibida. Não sei se passou na íntegra no Brasil mas o que vimos sem dúvida é chocante e pra sociedade americana então, putz, deve ser uma coisa de outro mundo e totalmente proibida!

Don´t Come Knocking (Don´t Come Knocking)
de Win Wenders. Com Sam Shepard, Jessica Lange, Tim Roth, Gabriel Mann. Alemanha/França, 2005, 122min.
Howard Spence já teve dias melhores: antes um protagonista dos westerns, agora ele só consegue papéis secundários e leva uma vida autocentrada, afogado em álcool, drogas e jovens mulheres. Até que um dia sua mãe revela que ele tem um filho (ou filha, não se sabe ao certo) desconhecido. Howard vê nisso uma razão para remontar ao passado e, a partir daí, conviver melhor com o presente. No seu caminho estarão um velho caso de amor, um jovem casal, uma estranha e desconhecida garota e até mesmo um “caçador de recompensas” enviado pelo estúdio de cinema que ele abandonou no meio de uma filmagem. Selecionado para o Festival de Cannes de 2005.

Um cara frustrado, com uma vida frustrante e chata. Já se passou a fase da riqueza, das altas noitadas, das diversas mulheres em sua cama. Howard Spence está cansado de sua vida e aí numa das filmagens que fazia resolve rever a "mamãe" depois de anos sem falar com a mesma. Aí descobre que pode ter dido um filho há anos, com uma das diversas mulheres com quem dormiu.

Um filme engraçado, hilário em muitas das cenas e que mesmo tendo em algumas partes de seu enredo assuntos sérios e pesados, soube fazer um texto bem descontraído. Sala lotada, às 21:30 no Estação Botafogo...pra quem conhece o local, a fila de entrada pro cinema (não de compra de ingressos) tava chegando na entrada do metrô!

Sra. Henderson Apresenta (Mrs. Henderson presents)
de Stephen Frears. Com Judi Dench, Kelly Reilly, Bob Hoskins, William Young, Christopher Guest, Inglaterra, 2005, 103 min.
O filme conta a história real de Laura Henderson, uma das mais proeminentes e excêntricas personalidades da sociedade londrina no período que antecedeu a Segunda Guerra Mundial. Aos 70 anos, ela fica viúva e, sem ter com que se ocupar, decide comprar um cinema abandonado. Determinada a recuperar o teatro musical para um público fascinado pelos filmes “falados”, ela se aproveita de uma brecha nas leis, em que a nudez no palco era permitida desde que os modelos nus “não movessem um músculo”. Ajudada pelo irascível empresário teatral Vivian Van Damm, com quem vive brigando, Mrs. Henderson atinge um sucesso extraordinário com os espetáculos deste “teatro de revista com nudez”. Este sucesso garantiria o lugar na história do Windmill Theatre, casa de espetáculos fundada por ela, e recuperaria o prestígio dos musicais.

Emocionante. A história de vida de Laura Henderson realmente merecia ser contada pelo que vi no filme e ninguém melhor que a Sra. Judi Dench pra fazer um papel tão denso, tão cheio de carisma e harmonioso.

Sempre gostei muito da Sra. Judi Dench e depois de ter visto o modo como representou este papel fiquei realmente de queixo caído. Não era vulgar quando ela interpretava a maneira de dizer algumas palavras que sua personagem dizia, era apenas arte e o modo mais sublime de representação.

Infelizmente eu perdi o início do filme, uns 15 minutos acho eu mas a abertura deve ter sido esplendorosa (pra minha alegria perdi um curta e aquelas chamadinhas chetérrimas do festival, ver uma vez ok mas eu já tinha visto simplesmente umas 4 vezes a mesma coisa!).

Um filme que mistura poesia, música e beleza. E pra minha alegria, mais uma produção BBC Films!!!! (Êhehehehehehehehehe)...claro que quando estrear no circuito, lá estou eu pra aplaudir de pé! Detalhe, o cinema hoje estava ainda mais cheio que o outro dia e tanto eu como algumas outras pessoas assistimos ao filme ou sentados no chão ou como no meu caso, encostadinha na parede.




**resumos retirados do site oficial do festival. www.festivaldorio.com.br


 
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